O primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, e seus parceiros de coalizão reconheceram hoje que sofreram uma grande queda de apoio nas eleições locais e europeias. Os eleitores responderam a longos anos de austeridade e se opuseram à ideia da União Europeia de que a saída da Irlanda do programa de resgate em dezembro é uma saída da crise.
O premiê afirmou que o programa de aumento de impostos e cortes de gastos, porém, está quase completo e foi necessário para tirar o país da ruína financeira.
As eleições foram um teste de meio de mandato para o governo – o primeiro desde que chegou ao poder com 56% dos votos no auge da crise, há mais de três anos. O resultado pode prejudicar as relações entre os partidos da coalizão.
Resultados oficiais mostraram que o apoio dos eleitores migrou para partidos independentes e de oposição, como o Sinn Féin, conhecidos pela oposição à austeridade. O Partido Trabalhista enfrenta oposição na maior parte do país e deve ser substituído pelo Sinn Fein como o maior partido do país.
Na contagem oficial para preencher 950 cadeiras parlamentares em todo o país, o partido Fine Gael, de Kenny, tem 23,8% dos votos, o Trabalhista tem 7,3%, enquanto os independentes e outros têm 28,4%. O partido Sinn Fein tem 15,3% dos votos. Fonte: Dow Jones Newswires.