Emissários do dalai-lama reuniram-se neste domingo (4) com representantes do governo chinês em Shenzhen, no sul da China. Trata-se do primeiro contato do gênero desde os violentos protestos iniciados por monges budistas no Tibete em março, desencadeando uma campanha de repressão por parte do governo contra a região Himalaia.

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Enquanto os representantes do governo e do líder religioso reuniam-se na pujante Shenzhen, o presidente da China, Hu Jintao manifestava em Pequim a esperança de que os contatos tenham "um resultado positivo" e que "a porta do diálogo permaneça aberta", informou a agência de notícias Nova China.

Um despacho da agência estatal de notícias confirmava ainda que a reunião de hoje ocorreu depois de "diversos pedidos feitos pelo lado do dalai".

De acordo com a Nova China, os representantes chineses Zhu Weiqun e Sitar disseram aos emissários tibetanos que a violência de março "apenas impôs novos obstáculos aos contatos e consultas", mas afirmaram que "Pequim participa da iniciativa com paciência e sinceridade".

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"O governo central tem a expectativa de que, para criar condições para uma nova rodada de contatos e consultas, o lado do dalai deve adotar medidas práticas que contenham as atividades destinadas à divisão da China, assim como os complôs, as incitações à violência e os atos de sabotagem aos Jogos Olímpicos de Pequim", informou a Nova China.

O local exato de Shenzhen onde ocorreu a reunião não foi revelado. Shenzhen situa-se nas proximidades de Hong Kong. Samdhong Rinpoche, primeiro-ministro do autodeclarado governo tibetano no exílio na cidade indiana de Dharmsala, disse que o lado do dalai-lama também busca a amenização da tensão nas áreas tibetanas da China. "Nossa expectativa é alta, mas este é apenas o primeiro passo em um longo caminho", disse ele à Associated Press. Ainda de acordo com Rinpoche, as discussões deverão se estender por pelo menos um dia ou dois.

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