O governo dos Estados Unidos declarou nesta terça-feira (18) que considera "criticamente importante" a ratificação do Tratado de Livre Comércio (TLC) com a Colômbia, cuja aprovação está travada no Congresso devido ao pedido dos membros do Partido Democrata pelo aumento dos recursos destinados à proteção dos direitos ambientais e trabalhistas no país andino.
"Creio que vamos entrar em acordo com os líderes do Congresso para concretizar isto", afirmou um dos porta-vozes da Casa Branca, Tony Fratto.
Fratto reconheceu que o assunto do livre comércio é uma "questão muito emocional" nos Estados Unidos, onde certos setores da sociedade o apontam como a causa da perda de empregos.
Segundo o porta-voz, "sempre foi difícil propor a aprovação de acordos de livre comércio", mas "sempre é fácil condenar os custos do comércio". "Quando uma fábrica fecha devido ao aumento da concorrência, é um problema muito grave, que pode ser visualizado, ao passo que os benefícios do livre comércio se espalham através de toda economia", o que torna mais difícil sua percepção, afirmou.
Para Fratto, os Estados Unidos precisam lembrar que representam "somente 5% da população mundial, o que significa que 95% de nossos potenciais clientes estão fora de nossas fronteiras". O Tratado de Livre Comércio com a Colômbia, um dos principais aliados latino-americanos dos Estados Unidos, foi assinado em novembro de 2006, mas sua aprovação está travada no Congresso americano devido a protestos dos democratas e dos sindicatos.
A oposição conseguiu a aprovação de uma série de reformas no Tratado de Livre Comércio com o Peru, cujo governo concordou em destinar mais verbas para a defesa dos direitos ambientais e trabalhistas. O acordo com o Peru foi ratificado pelo Congresso norte-americano no ano passado e espera implementação.