O governo britânico convocou a embaixadora da China no Reino Unido, Fu Ying, à chancelaria em Londres para expressar sua indignação com a execução de um cidadão britânico de origem paquistanesa. Akmal Shaikh, de 53 anos, foi morto hoje por injeção letal.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, criticou o ato. “Eu condeno a execução de Akmal Shaikh nos termos mais fortes e estou chocado e desapontado com o fato de que os persistentes pedidos de clemência não terem sido atendidos”, declarou o primeiro-ministro em comunicado.
“Estou particularmente preocupado com o fato de que nenhuma avaliação médica ter sido feita”, afirmou. “Neste momento, nossos pensamentos estão com a família e os amigos de Shaikh e eu envio a eles minhas sinceras condolências”, completou.
O governo britânico e a família de Shaikh fizeram apelos de última hora ontem para que o governo chinês aceitasse a clemência. Shaikh era pai de três filhos e vivia em Londres. Ele sofria de transtorno bipolar.
Shaikh foi detido em setembro de 2007 em Urumqi, oeste da China, com quatro quilos de heroína. Os integrantes de uma campanha organizada em sua defesa disseram que uma gangue criminosa o enganou para que ele transportasse as drogas. Shaikh havia sido sentenciado à morte em dezembro de 2008 e perdeu sua apelação final na Suprema Corte chinesa no começo deste ano.
Ele se tornou o primeiro cidadão de um país da União Europeia a ser executado na China em 50 anos, segundo dados da entidade Reprieve, sediada em Londres, que deu a Shaikh aconselhamento legal.