Governo boliviano dá garantias para volta da Petrobras

O governo da Bolívia deu garantias ao Brasil de que não voltará a modificar as leis de investimentos estrangeiros no setor de petróleo e gás natural. As informações são do chanceler Celso Amorim, que confirmou o interesse do País em voltar a investir na Bolívia. ?Vamos discutir com a mente aberta?, afirmou Amorim.

Há dois anos, La Paz causou um terremoto político ao nacionalizar suas reservas e mandar o Exército ocupar as áreas onde a Petrobras atuava. O resultado foi a suspensão de planos da empresa brasileira na Bolívia.

Agora, o Itamaraty muda o discurso diante de sinais dados pelo governo de Evo Morales. ?Nos foi dito pelos bolivianos que as mudanças nas leis que teriam de ocorrer já foram feitas?, explicou Amorim. Nas mudanças já realizadas, os impostos cobrados sobre os lucros da estatal subiram para 82%. O chanceler, porém, insiste que a Petrobras ?precisa ter lucros?. Não por acaso, o governo quer se assegurar de que maiores garantias sejam oferecidas nas próximas conversas com La Paz.

Do lado brasileiro, o interesse ocorre diante do fato de que 50% do gás consumido no País vem da Bolívia. De fato, estudos da ONU demonstram que as empresas do setor de petróleo enfrentam governos com posições cada vez mais duras. Mas, para analistas do setor do gás natural, La Paz já teria se dado conta de que não pode ficar sem o investimento e o mercado brasileiros. Na Agência Internacional de Energia, técnicos recomendam que Brasil e Bolívia ?aprendam? a construir uma relação duradoura.

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