O governo argentino rejeitou hoje o que chamou de "extorsão insuportável" do campo e advertiu que se os produtores agropecuários convocarem uma nova greve, deverão estar preparados para as "conseqüências".
A declaração foi feita pelo chefe de Gabinete, Alberto Fernández, que assegurou que o governo "não acredita que as retenções às exportações de grãos sejam um problema".
Os produtores rurais argentinos ficaram 21 dias em greve, entre 13 de março e 2 de abril, em protesto pelo aumento dos impostos sobre as exportações de produtos agropecuários, em especial, sobre a seja, cuja tarifa pode variar de 46% a 95%, aumentando conforme seja maior a quantidade do produto a ser exportada.
O governo e as quatro entidades representantes dos produtores do campo vêm se reunindo, mas não conseguem avançar em acordos há mais de um mês. Os ruralistas, que concordaram com uma trégua de um mês após interromper a greve no dia 2 de abril, reúnem-se hoje em assembléias para decidir seus próximos passos no conflito.