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Governador de Porto Rico renuncia após protestos

O governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, anunciou sua renúncia após duas semanas de protestos pelo vazamento de comentários ofensivos sobre mulheres, homossexuais e vítimas do furacão Maria. “Após escutar as críticas e falar com minha família, tomei a seguinte decisão com desprendimento: hoje lhes anuncio que renunciarei ao cargo de governador na sexta-feira, dia 2 de agosto, às 17 horas (local)”, disse Rosselló em vídeo postado no Facebook.

Houve comemoração entre a multidão que protestava diante da sede de governo. “Acredito que Porto Rico continuará unido e caminhando em frente como sempre fez”, declarou o governador. “Espero que esta decisão sirva como um apelo à reconciliação cidadã.”

Rosselló informou que será substituído temporariamente pela secretária de Justiça, Wanda Vázquez. Os porto-riquenhos aguardavam a notícia durante todo o dia, em meio aos rumores sobre a iminente renúncia do governador e à recomendação de um comitê de juristas de abertura de um processo de impeachment.

O presidente da Câmara dos Deputados, Johnny Méndez, havia convocado uma sessão legislativa extraordinária para esta quinta-feira, 25, para dar início ao processo de destituição do governador.

Rosselló, de 40 anos, enfrenta uma crise política em razão do chamado “Chatgate”, vazamento de uma conversa na plataforma de mensagens Telegram, há duas semanas, na qual ele e outros 11 homens fizeram comentários ofensivos contra jornalistas, homossexuais e mulheres. Em um deles, um amigo de Rosselló se referiu com ironia às vítimas do furacão María, que deixou quase 3 mil mortos em Porto Rico.

No dia 10, o Ministério Público pediu a prisão de seis funcionários acusados de desviar US$ 15 milhões de fundos federais para recuperação do território após o furacão. Os protestos recentes contaram com a participação de músicos porto-riquenhos, como Ricky Martin, Bad Bunny e Daddy Yankee. Ricky Martin foi uma das pessoas ridicularizadas nas conversas do chat em razão de sua orientação sexual, que ele tornou pública em 2010. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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