O governador de Porto Rico, Aníbal Acevedo Vila, foi acusado nesta quinta-feira (27) por 19 crimes, inclusive violação das leis federais de campanha dos Estados Unidos. Entre as acusações constam também conspiração para fraudar a Receita Federal dos EUA e falso testemunho ao FBI. Outros 12 membros do Partido Popular Democrático, de Vila, foram acusados. A iniciativa ocorre após dois anos de investigação, segundo a procuradora federal Rosa Emilia Rodríguez. Vila, candidato à reeleição em novembro, desqualificou as acusações como políticas. "Tudo não passa de "um espetáculo feito para me prejudicar", afirmou.
O comunicado do governador não trata de forma específica os supostos motivos da procuradoria. Mas Vila já acusou as autoridades dos Estados Unidos de o perseguirem por ele criticar uma ação do FBI (departamento de polícia federal dos EUA) realizada em setembro de 2005, na qual um militante fugitivo porto-riquenho foi morto. Os acusados em Porto Rico, em Washington e na Filadélfia supostamente conspiraram para levantar dinheiro ilegalmente. A verba seria usada para saldar dívidas das campanhas de Vila de 2000 e 2002 para o Congresso, onde ele atuou como representante sem direito a voto da ilha, território norte-americano.
O governador disse que se apresentará à Justiça amanhã. Segundo a procuradora, ele pode ser condenado a até 20 anos de prisão caso seja considerado culpado. Rosa disse que ele não será preso mas cinco outros acusados foram levados algemados hoje para o prédio da Procuradoria Federal em San Juan. Vila também é um superdelegado do Partido Democrata – membro com direito a votar em quem quiser, independentemente do resultado dos caucuses ou primárias. Ele havia se comprometido a votar no senador Barack Obama.