No dia em que a polícia mexicana buscava os autores da chacina que deixou 14 pessoas mortas e feriu outras 19 em Ciudad Juárez, no norte do país, o governador de Chihuahua, César Duarte, admitiu que a estratégia de combate ao crime organizado em seu Estado fracassou, segundo despacho da agência de notícias Ansa.

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Pistoleiros encapuzados e armados com fuzis invadiram ontem uma festa de aniversário na cidade mais violenta do México e começaram a disparar. O início do ataque foi ordenado com um grito de “acabem com eles”, de acordo com o relato de um dos sobreviventes.

O grupo abriu fogo por cinco minutos. Duas crianças, de 7 e 11 anos, estão entre os mortos. “Não há um motivo determinado para esta execução”, disse o promotor Carlos Manuel Salas.

Ninguém foi preso até o momento. A chacina foi atribuída ao bando Los Aztecas, surgido há 20 anos em Cárceles del Vecino, no Texas, e hoje braço armado do cartel de Juárez.

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Procurada, a vizinha da casa onde ocorreu o massacre pediu para que não a comprometessem. “Não posso falar. Se falo, voltam para me matar. Um dos mortos é meu sobrinho.”

Nos últimos três anos, cerca de 6,5 mil pessoas foram assassinadas na cidade, onde os cartéis de Juárez e Sinaloa lutam desde 2009 pelo controle das rotas do narcotráfico.

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O local do massacre de ontem fica a menos de 2 quilômetros do lugar onde 16 jovens foram assassinados em janeiro deste ano. Outras 13 pessoas foram assassinadas entre sexta-feira e sábado em Chihuahua.

No Estado de Coahuila, também no norte do México, três pedestres foram mortos ao serem pegos no meio de um tiroteio entre supostos membros de uma gangue, policiais e soldados. As vítimas tinham 14, 18 e 47 anos, informaram autoridades locais. As informações são da Associated Press.