Nas salas de comando das operações humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU), fotos de satélites ajudam as equipes a organizar seus trabalhos no Haiti. Em Genebra, Porto Príncipe, Washington e Nova York, uma parte importante desse material é fornecida por Google Earth, Nasa e outras entidades que colocaram à disposição seus serviços. Se a falta de organização ainda está afetando a distribuição de alimentos ou abrigos, os técnicos garantem que não é por escassez de informações.

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Funcionários das entidades internacionais admitem que, pela primeira vez, um desastre natural está sendo acompanhado quase que simultaneamente por fotos de satélite, que ajudam médicos ou engenheiros a planejar os próximos passos. Aviões sobrevoam quase diariamente a capital do Haiti para fornecer imagens para as equipes. A ideia é que, de qualquer lugar do mundo, especialistas possam analisar as fotos e tomar decisões sobre os lugares mais adequados para a construção de acampamentos para desabrigados e identificar onde estão as pessoas que deixaram a capital. Algumas fotos são tão nítidas que é possível ver pessoas caminhando nas ruas.

Na Organização Mundial da Saúde, imagens distribuídas pelo Google Earth estão ajudando as equipes a mapear quantos hospitais ainda estão de pé e onde. “Oferecemos essas fotos, em alta resolução, como uma nova ferramenta para a ajuda humanitária”, afirmou ao France Lamy, responsável pelo projeto da empresa americana no Haiti. A cooperação já vinha ocorrendo de modo informal no início da crise. Mas agora as entidades fecharam um acordo para uma troca de informação sistemática. O Banco Mundial admite que reduziu pela metade o tempo necessário avaliar as necessidades do Haiti por conta da tecnologia.

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