A emissora estatal de televisão da Grécia divulgou que o primeiro-ministro do país, George Papandreou, insistiu nesta quinta-feira que não vai renunciar. Ele está enfrentando uma crescente revolta dentro do seu próprio partido, em função do referendo que pretende realizar para consultar o povo se o país deve aceitar um segundo pacote internacional de resgate. O governo marcou um voto de confiança no Parlamento de 300 cadeiras para a sexta-feira. Um político do Partido Socialista Helênico (Pasok) do premiê disse que ele tem o apoio de aproximadamente 110 parlamentares dos 151 do Pasok, os quais não seriam suficientes para mantê-lo no poder.

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Dois funcionários próximos a Papandreou disseram que a ideia do referendo sobre o novo pacote europeu e as medidas de austeridade foi retirada, após o pacote europeu receber algum apoio da oposição de centro-direita, o partido da Nova Democracia. “Esperar que as eleições sejam a solução, neste momento, significaria um perigo muito maior de moratória e certamente de saída do euro”, disse Papandreou no encontro ministerial desta quinta-feira. “Eu falarei com Samaras e juntos examinaremos os próximos passos, baseados em um amplo consenso”. Papandreou se referia ao líder da oposição, Antonis Samaras. O líder da oposição pediu na manhã de hoje por um governo de transição na Grécia, o qual ratificaria o acordo fechado com a União Europeia (UE) e mais tarde anteciparia novas eleições.

A confusão na Grécia começou na segunda-feira, quando Papandreou disse que a população deveria aprovar ou rejeitar em referendo o acordo de socorro que o governo grego fechou com a UE. Papandreou também marcou um voto de confiança em seu governo para a sexta-feira. Pelo menos seis deputados do Pasok foram abertamente contra o premiê na terça-feira e a confusão aumentou ontem e hoje.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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