Militantes da Faixa de Gaza dispararam hoje pelo menos 10 morteiros na direção de Israel. A ofensiva ocorreu um dia depois de o governo israelense ter anunciado um teste bem-sucedido de escudo contra futuros ataques de morteiros e foguetes originados da Faixa de Gaza, território governado pela facção Hamas.
Os morteiros disparados hoje não causaram danos graves. Três deles caíram na passagem de Kerem Shalom, a principal via de entrada de bens em Gaza. Israel fechou a passagem em resposta aos morteiros. Os militantes disseram que os disparos foram uma resposta a um ataque aéreo israelense que matou um atirador de Gaza e feriu outros no início da semana.
Assim que for instalado, ainda este ano, o Domo de Ferro poderá retirar do Hamas um importante meio de ameaça a Israel. Os militantes islâmicos têm disparado milhares de foguetes e morteiros contra comunidades fronteiriças israelenses. Os ataques têm causados poucos danos, mas espalham temor entre as centenas de milhares de civis da região.
O anúncio de Israel sobre seu novo sistema de defesa de foguetes foi feito enquanto o Egito aumenta seus esforços para bloquear as centenas de túneis usados para contrabando com a construção de um muro subterrâneo ao longo da fronteira com Gaza. Os túneis ajudam a manter o Hamas no poder ao contornar o bloqueio de fronteira imposto por Israel e pelo Egito.
Ajuda internacional
Ativistas internacionais entregaram hoje centenas de toneladas de remédios e ajuda humanitária para Gaza. O comboio foi liderado pelo advogado britânico George Galloway, que disse que o grupo “vai voltar com mais (ajuda) até que este cerco criminoso imposto ao povo de Gaza, para puni-los por terem votado numa eleição livre, seja levantado”.
Galloway criticou o Egito pelo tratamento duro que, segundo ele, foi dado aos integrantes do comboio em seu caminho até Gaza. Na terça-feira, os ativistas foram confinados pelas forças egípcias a uma área do porto egípcio de El-Arish, em meio a desentendimentos sobre quantos veículos os ativistas poderiam levar para Gaza.
Dezenas de estrangeiros e vários integrantes das forças de segurança egípcias ficaram feridos nos confrontos. “Nossa chegada a El-Arish foi o começo de um pesadelo”, disse Galloway, acrescentando que 55 membros do grupo ficaram feridos.