Gays do Israel lutam por direito de doar sangue

A permissão para doar sangue é a nova frente de batalha dos gays israelenses em sua luta por igualdade de direitos civis. Na terça-feira (17), a organização Maghen David Adom, equivalente israelense à Cruz Vermelha Internacional, alertou para o grande déficit de sangue à disposição dos centros médicos, por conta do pouco volume de doações de israelenses.  

Somente 4,3% da população de Israel são doadores habituais e apesar das campanhas de sensibilização o número de doadores não aumentou. Isso fez com que os homossexuais israelenses, que há tempos insistiam pelo direito de doar sangue, voltassem a abordar o assunto. 

Dror Mizrahi, ativista do partido de esquerda Meretz empenhado na luta pelos direitos dos gays, disse à imprensa que agora é preciso modificar o questionário preenchido aos doadores de sangue. 

"Até agora, uma das perguntas feitas aos doadores homens visava saber se haviam tido relações sexuais com outros homens, devido ao temor de que seu sangue pudesse estar infectado pelo vírus da Aids", disse Mizrahi. "Na realidade, a pergunta deveria concentrar-se na utilização de preservativos, não no sexo do parceiro", afirmou ele.   

De acordo com o site israelense GoGay, há alguns meses o Banco de Sangue do país adquiriu aparelhos mais modernos e eficientes, que tornariam supérfluo o questionário feito aos doadores. Segundo autoridades israelenses, o país consulta periodicamente outras autoridades sanitárias do exterior e no momento continua a não considerar prudente a utilização de doações de sangue de homossexuais.

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