O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, o mais proeminente republicano no círculo de Barack Obama, disse ao presidente que ficará no cargo por pelo menos mais um ano. Segundo informou hoje o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, o comunicado de Gates a Obama foi feito em dezembro. A Casa Branca não fez nenhum comentário.

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“Eles concordaram em abordar essa questão no final deste ano”, disse o porta-voz. “(Gates) certamente pensa em se aposentar um dia e ir viver com sua família na sua casa no Pacífico Noroeste”, acrescentou Morrell.

Gates, de 66 anos, ocupou o mais importante cargo na Defesa dos EUA durante os últimos dois anos do governo de George W. Bush. Obama pediu a Gates que ficasse no cargo logo após ter vencido as eleições presidenciais no final de 2008.

Na época, o pedido teve como objetivo manter a estabilidade durante a transição presidencial, enquanto os EUA enfrentavam duas guerras. A decisão também foi bem vista porque Obama incluiu um republicano num cargo de alto escalão.

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Após um ano de administração Obama, Gates parece ter se tornado um conselheiro muito importante do presidente e não mostrou sinais de que queira ser um secretário interino.

Manter Gates por mais um ano significa que ele terá tempo para administrar a expansão da guerra no Afeganistão, no verão deste ano, e providenciar os detalhes para a primeira retirada de tropas americanas do país da Ásia Central, prevista para o verão de 2011. Ele também deverá supervisionar a redução de tropas americanas no Iraque para 50 mil soldados.

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Um ex-chefe da Agência Central de Inteligência (CIA) com longa experiência no governo, Gates foi escolhido para o cargo na defesa por Bush após os anos turbulentos de Donald H. Rumsfeld no posto. Gates administrou o reforço de tropas que Bush ordenou à guerra do Iraque em 2007.