Garcia minimiza relatório da Interpol sobre as Farc

O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, minimizou nesta sexta-feira (16) informações divulgadas pela Interpol sobre os supostos e-mails armazenados em computadores das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que mostrariam vinculação entre a guerrilha colombiana e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Não conhecemos este material. A última informação que tive foi que se uma pessoa ficar lendo cem páginas por dia (do material apreendido), vai levar cem anos para constatar tudo que está ali", afirmou ele. Segundo Garcia, o material armazenado é muito extenso e não é possível uma análise rápida das informações.

O assessor especial admitiu que há um clima de tensão envolvendo diretamente Venezuela e Colômbia, durante a Cúpula de Chefes de Estado da América Latina, Caribe e União Européia, que se realiza em Lima. Na sua opinião, este clima tenso entre os dois países existia antes mesmo da divulgação do relatório da Interpol. Ele ressaltou que o governo brasileiro está disposto a fazer a aproximação entre os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Álvaro Uribe, da Colômbia.

Garcia destacou que o primeiro passo para a solução do problema foi dado numa reunião em Santo Domingo, no início do ano. O presidente Hugo Chávez, na primeira parte do encontro de chefes de Estado, manteve um comportamento cordial com seus desafetos, segundo diplomatas que participaram do encontro. Chegou até mesmo a cumprimentar a primeira ministra da Alemanha, Ângela Merkel. No último final de semana, Merkel havia aconselhado os países latino-americanos a não aproximarem da Venezuela.

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