Os ministros das Relações Exteriores do G-7 elogiaram o acordo preliminar fechado entre seis potências mundiais e o Irã, que pode impedir o avanço do programa nuclear do país. As autoridades advertiram, porém, para o fato de que a maratona de negociações na Suíça deixou alguns pontos cruciais sem resolução, o que significa que importantes temas seguem sem solução à vista, antes do prazo de 30 de junho para um acordo final.

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Os ministros disseram que é preciso haver um acordo abrangente, que limite o enriquecimento de urânio e o programa de pesquisa e desenvolvimento nuclear iraniano. Segundo eles, o grupo apoia a busca por um acordo que garanta a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano, garantindo que o Irã não consiga armas nucleares.

As autoridades também pediram ao Irã para cooperar totalmente com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) quanto à verificação de suas atividades nucleares e para lidar com as principais questões, incluindo aquelas relacionadas às possíveis dimensões militares.

Os ministros também discutiram a escalada da violência no Iêmen, após os rebeldes houthi, apoiados pelo Irã, derrubarem o governo iemenita em janeiro, gerando o temor de que o quadro possa levar a uma conflagração mais ampla no Oriente Médio.

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou na terça-feira uma resolução para proibir a entrega de armas aos militantes no Iêmen. O G-7 também demonstrou apoio ao presidente iemenita, Abed Rabbo Mansour Hadi, chamando-o de “o legítimo presidente do Iêmen”.

As autoridades pediram ao Irã, que segundo os Estados Unidos forneceram armas e financiamento aos rebeldes houthi, para “ajudar a facilitar o diálogo entre as autoridades legítimas e os houthis no Iêmen” a fim de controlar a crise.

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Na terça, o ministro das Relações Exteriores iraniano disse que seu país não deseja dominar o Iêmen e pediu um cessar-fogo imediato no país.

O G-7 pediu ainda para que Israel e os palestinos trabalhem por uma solução de dois Estados, pedindo passos concretos nesse sentido. “Uma realidade de um Estado não seria compatível com as aspirações nacionais dos dois lados”, afirmou o grupo.

Os ministros se comprometeram ainda a auxiliar coletivamente o mundo a evitar futuras epidemias de doenças, impedindo casos como a disseminação do Ebola no oeste da África. Fonte: Dow Jones Newswires.