O ex-presidente cubano Fidel Castro definiu hoje a Cúpula do G20, que acontece em Cannes, na França, como uma reunião “da oligarquia multimilionária” com “representantes de [países que somam] quase seis bilhões de habitantes que aspiram uma existência digna”.
Em sua coluna “Reflecciones”, publicada pela imprensa cubana, Fidel também considerou o G20 como um encontro “entre os grandes produtores de maquinários e artigos industriais e os grandes abastecedores de matérias-primas”.
O ex-mandatário, que deixou o poder em 2006 depois de ficar com a saúde debilitada, ainda acusou os países mais ricos, encabeçados pelos Estados Unidos, de quererem “monopolizar as tecnologias e os mercados por meio das patentes, dos bancos, dos meios mais modernos e caros de transporte, do domínio cibernético dos processos produtivos complexos, do controle das comunicações e dos meios massivos de informação para enganar o mundo”.
“Agora que os habitantes do planeta somam sete bilhões, os Estados que representam somente uma de cada sete pessoas, as quais a julgar pelos protestos massivos na Europa e nos Estados Unidos não estão muito felizes, colocam em risco a sobrevivência de nossa espécie”, declarou.
