Explosivos

Funeral de adolescente palestino tem confrontos

A polícia israelense entrou em confronto com manifestantes palestinos que atiravam pedras em Jerusalém nesta sexta-feira, enquanto milhares participavam do funeral de um adolescente árabe que, segundo palestinos, foi morto por extremistas israelenses em um ataque de vingança.

Militantes palestinos, por sua vez, dispararam foguetes e morteiros a partir da Faixa de Gaza

contra Israel, e mais tarde Israel realizou vários ataques aéreos contra o que descreveu como “alvos terroristas do Hamas” em Gaza. Não havia relatos de vítimas.

Além disso, o Exército israelense disse que seus soldados abriram fogo após avistar dois palestinos plantando explosivos perto da cerca da fronteira de Gaza.

Uma ambulância levou o corpo de Mohammed Abu Khdeir, de 16 anos, envolvido em uma bandeira e em um lenço tradicional palestinos, até uma mesquita no bairro no leste de Jerusalém, onde ele morava. Então parentes e amigos carregaram o caixão aberto em meio a uma multidão até um cemitério.

Durante a procissão, dezenas de palestinos mascarados atiraram pedras contra a polícia israelense que estava trabalhando nas proximidades, e os policiais responderam com granadas de efeito moral, disse o porta-vozda polícia israelense Micky Rosenfeld. Segundo ele, mais de 2 mil pessoas compareceram ao funeral.

Rosenfeld afirmou que a polícia também entrou em confronto com centenas de manifestantes palestinos em outros bairros da parte leste da cidade, que tem sido abalada pela violência desde que o corpo queimado de Abu Khdeir foi encontrado na quarta-feira em uma floresta após ele ter sido capturado perto de sua casa.

Pelo menos 13 policiais israelenses foram feridos por lança-chamas, com seis deles sendo levados para o hospital, conforme o porta-voz da polícia Luba Samri.

De acordo com o movimento humanitário Crescente Vermelho, cerca de 30 palestinos foram feridos por balas de borracha disparadas por forças israelenses. Dezenas de outros foram medicados por inalação de gás lacrimogêneo.

A polícia reforçou a segurança dentro e ao redor de Jerusalém, pois o funeral coincidiu com as primeiras orações de sexta-feira do Ramadã, mês considerado sagrado para os muçulmanos. Fonte: Associated Press.

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