O subdiretor de coordenação de comunicação social da Presidência do México foi demitido do cargo para que responda "de maneira pessoal" à Justiça dos Estados Unidos pela acusação de roubo de celulares de funcinários do presidente norte-americano George W. Bush, informou nesta sexta-feira (25) a imprensa mexicana.
Durante a recente visita do presidente do México Felipe Calderón aos Estados Unidos, o funcionário Rafael Quintero foi flagrado por câmaras de vídeo de um hotel em Nova Orleans pegando entre "seis ou sete" celulares do staff de Bush.
O vídeo levou à abertura de uma investigação pelo Serviço Secreto, confirmada pela Casa Branca por meio de uma declaração da porta-voz Dana Perino. Por sua vez, a presidência mexicana anunciou o afastamento do funcionário.
O porta-voz da embaixada dos Estados Unidos no México, Ricardo Alday, confirmou a investigação em seu país sobre o agora ex-funcionário por delito de roubo.
Rafael Quintero assumiu a subdireção de comunicação social da Presidência, a cargo de Maximiliano Cortázar, no início de 2007, com um salário líquido de US$ 3.100.
Segunda e terça-feira dessa semana, Calderón se reuniu com Bush e com o premier canadense, Stephen Harper, nos Estados Unidos.
Segundo as câmaras de vigilância do hotel Windsor Court, Quintero tomou seis ou sete aparelhos de uma mesa que estava fora do salão especial onde a delegação mexicana se reuniu com Bush.
Ao final da reunião, os funcionários norte-americanos sentiram falta dos celulares, o que levou os agentes do Serviço Secreto a revisar os vídeos de segurança e flagrar Quintero "fugindo" com os aparelhos.
O funcionário mexicano "tomou o caminho para o aeroporto antes que o Serviço Secreto conseguisse capturá-lo", informaram fontes norte-americanas.
Quintero inicialmente negou que tivesse levado os celulares, mas depois de assistir às gravações afirmou que a atitude foi "puramente acidental" e que eles teriam sido devolvidos. Argumentando imunidade diplomática, o funcionário viajou de volta com a delegação mexicana.