O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori foi condenado hoje a sete anos e seis meses de prisão por ter entregue ilegalmente US$ 15 milhões, retirados de fundos públicos, ao seu ex-chefe de inteligência Vladimiro Montesinos. O tribunal, presidido pelo juiz César San Martín, concluiu que Fujimori é culpado dos delitos de peculato e falsidade ideológica e que os feitos ilícitos têm como agravante o fato de terem sido “premeditados e planejados”.

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Fujimori, que admitiu no julgamento ter cometido os delitos, não mostrou nenhuma reação aparente ao escutar a terceira condenação que recebeu, desde que foi extraditado do Chile ao Peru em setembro de 2007. “Eu interponho um recurso de nulidade” do julgamento, disse, quando foi questionado se estava de acordo com o veredicto. Isso significa que a defesa de Fujimori pedirá a anulação da pena imposta, que inclui também uma proibição de exercer qualquer cargo público por dois anos e dez meses e o pagamento de 3 milhões de soles (valor correspondente a US$ 996 mil) como reparação civil ao governo peruano.

O ex-presidente, que completará 71 anos de vida no final deste mês, já cumpre uma condenação de 25 anos de prisão pela morte de 25 pessoas, chacinadas por um esquadrão da morte formado por militares durante seu governo (1990-2000). Além disto, cumpre outra pena de seis anos por usurpação de funções. No Peru, as penas não se acumulam.

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