Nós somos os ramos da videira mais bela que é Jesus.
Unidos ao tronco vamos produzir, separados logo vamos secar.
Jesus pede que fiquemos unidos a ele e entre nós pelo amor.
Aquele que permanece com Jesus produzirá fruto sem par. (Frei Ivo, 2005)
Em 1989, no município de Rio Branco do Sul-PR, conheci Ivo Severino Bonamigo, frei capuchinho. Tornamos-nos grandes amigos e estimulado por ele escrevi o livro Frei Miguel Bottacin capuchinho: seu testemunho cristão e franciscano lançado em 2002, com apoio da Província São Lourenço de Brindes do Paraná e Santa Catarina. A importância deste artigo está em enfatizar um pouco da vida de frei Ivo e, principalmente, seu talento poético.
Exemplo de vida consagrada a Deus, natural de Ouro-SC, frei Ivo nasceu aos 7 de abril de 1930. A ordenação ocorreu em 26 de maio de 1956 na catedral de Curitiba-PR, portanto no próximo ano completará 50 anos de sacerdócio. É religioso há 56 anos. Foi pároco durante 30 anos e sete anos atuou como missionário nos estados de Santa Catarina e Paraná. Reside no bairro Cidade Industrial em Curitiba faz oito anos, onde trabalha no Conjunto Osvaldo Cruz I, capela São Leopoldo Mándich, rua Santa Eulália de Barcelona, 273. Foi homenageado no dia 7 de julho de 2005, com uma placa que recebeu da FAS-Fundação de Ação Social, Núcleo Regional CIC, prova do reconhecimento dos conteúdos de suas poesias em prol da comunidade. ?Desde estudante gosto de poesia, porém nos últimos 12 anos é que retomei a brincadeira com os versos,? explica Bonamigo.
Já está no prelo o livro Diversidade, composto de 104 poemas e que conta com o apoio da senhora Lurdes Bortoluzi Fila. No poema 47 frei Ivo agradece:
Agradeço à Lurdes benfeitora, Pela sua imensa dedicação.
Com a iniciativa de patrocinar:
Poemas de frei Ivo, 1.ª edição.
A estima e o respeito que as pessoas têm por frei Ivo é impressionante, manifestações que constato não só no cotidiano, mas nas datas de seu aniversário, pois indivíduos de vários locais do Paraná participam da festa: Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Reserva entre outros.
Frei Ivo gosta muito de animais, talvez por ter convivido durante a infância com vários deles no sítio onde nasceu e permaneceu até os 13 anos, quando foi para o seminário. As estrofes dos poemas 16 e 43 comprovam seu carinho com os bichinhos:
Um dia o menino adoeceu e depois morreu.
O cachorro ficou sem comer perto do caixão.
Acompanhou o seu enterro até o cemitério.
Ficou deitado no túmulo cheio de compaixão.
O jumento foi escolhido por São José,
Para carregar a Santa Mãe do Redentor.
Foi para o Egito e de lá subiu a Nazaré.
Na gruta de Belém aqueceu o Salvador.
Jorge Antônio de Queiroz e Silva é pesquisador, historiador, professor. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
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