O presidente francês, François Hollande, descartou nesta quinta-feira a possibilidade do país conduzir ataques aéreos contra militantes do Estado Islâmico na Síria. Segundo ele, qualquer ofensiva militar da França ficaria confinada no Iraque.

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Em coletiva de imprensa, Hollande disse que havia se reunido com seus principais conselheiros militares nesta manhã para discutir os ataques e acrescentou que não autorizaria o envio de tropas terrestres ao Iraque.

“Nesta manhã, eu decidi responder ao pedido iraquiano e fornecer apoio aéreo”, ele afirmou. “Nós não iremos além. Não haverá tropas no solo, e nós vamos intervir apenas no Iraque.” Os ataques aéreos no território iraquiano, ele garantiu, começarão logo que a França identificar os alvos. Aeronaves francesas já realizam sobrevoos de monitoramento no país.

Os comentários de Hollande representam o sinal mais claro que a França está se mobilizando para apoiar os ataques aéreos norte-americanos sobre o Iraque com o objetivo de enfraquecer os militantes do Estado Islâmico, que tomaram o controle de diversas cidades iraquianas e sírias.

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No entanto, a abordagem do presidente francês se diferencia da fala do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que considera a Síria um campo de batalha importante no combate aos extremistas. O grupo está entre aqueles que promovem a guerra civil contra o governo do presidente sírio, Bashar Assad.

Autoridades francesas afirmam que o conflito na Síria privou o país de um governo legítimo, capaz de garantir à França bases legais claras para a intervenção militar no país.

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Hollande disse também ter decidido enviar um centro de saúde militar à Guiné para ajudar no tratamento de populações afetadas pelo vírus do ebola, que já matou mais de duas mil pessoas no Oeste da África. “A França, portanto, está respondendo” à crise da doença, disse o presidente. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.