O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, apresentou nesta terça-feira propostas para reformar legislação trabalhista do país, tida como superprotetora.

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Entre as medidas, está a diminuição das multas concedidas por tribunais trabalhistas com demissões, incentivos para pequenos empresários aumentarem o número de contratados e a flexibilização dos horários de trabalho e dos salários dos trabalhadores.

A França vive um momento de recuperação econômica sem queda correspondente na taxa de desemprego. Empresários dizem que a rigidez da legislação trabalhista torna novas contratações e demissões caras demais. Apesar das contratações terem crescido no primeiro trimestre, o número de franceses em busca de emprego continuou a aumentar, chegando ao nível recorde de 3,5 milhões em abril.

Valls tenta introduzir reformas que distanciam o governo francês de uma abordagem caracterizada por contratações subsidiadas pelo Estado introduzindo medidas pró-mercado que focam na redução de tributos e regulação para empregadores. O primeiro-ministro tachou sua iniciativa de “Small Business Act à la française”, uma medida que tenta igualar a França a outros países como a Espanha e a Itália, que também reformaram sua legislação trabalhista recentemente.

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As ações do governo francês atraíram a ira da esquerda do país, inclusive do Partido Socialista do presidente François Hollande. “Incapaz de passar uma única lei que diminuísse os ganhos dos patrões, o governo se prepara para cortar os benefícios dos empregados”, escreveu o socialista Laurent Baumel em seu perfil no Twitter.

Representantes patronais, no entanto, reagiram com entusiasmo cauteloso aos planos de Valls. “As medidas atacam parte do que pedimos e vão na direção correta”, disse Thibault Lanxade, vice-presidente do Movimento Empresarial da França (Medef).

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Fonte: Dow Jones Newswires.