O governo francês irá agir para evitar a quebra de qualquer instituição bancária francesa, disse nesta terça-feira (7) o primeiro-ministro, François Fillon.
Segundo ele, a garantia do governo francês aos depósitos feitos nas instituições do país é de “100%, porque assumimos o compromisso de que não haverá a quebra de um estabelecimento bancário na França”. “O Estado fará o que é de sua responsabilidade se um banco entrar em dificuldade”, observou aos membros do Parlamento.
União Européia
Os ministros de Finanças dos 27 países que compõem a União Européia (UE) concordaram hoje com um conjunto de princípios que irá guiar possíveis programas de ajuda para bancos e seguradoras, mas não chegaram a propor um fundo de suporte, ao estilo americano, com um alcance para todo o bloco.
“Reiteramos nossa determinação de garantir a estabilidade e a solidez de nosso sistema bancário”, disse a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde. “Não iremos tolerar uma situação como a do Lehman (Brothers)”, afirmou ela, referindo-se ao pedido de concordata do banco americano de investimentos, feito em meados do mês passado.
Os ministros concordaram com o fato de que os países europeus precisam atuar em “nível nacional” para melhorar suas grandes instituições financeiras – uma decisão que alguns ministros argumentaram como insuficiente. Segundo estes, o sistema financeiro da UE continuará vulnerável se um grande credor com operações entre fronteiras apresentar problemas.
Fundo
França e Holanda sugeriram a criação de um fundo de ajuda amplo, com cada país contribuindo com uma quantia baseada em seu Produto Interno Bruto (PIB). Mas alguns países, em particular a Alemanha, discordaram, afirmando que não deveriam pagar pelos erros de bancos estrangeiros.
O ministro de Finanças alemão, Peer Steinbrueck, que não compareceu ao encontros dos ministros hoje, em Luxemburgo, disse em Berlim que a primeira-ministra Angela Merkel rejeitou a idéia de um fundo como o de US$ 700 bilhões proposto pelos EUA para comprar “ativos podres” dos bancos.
No lugar disso, os ministros concordaram com o fato de que deveriam coordenar seu apoio às instituições com problemas, caso necessário. Eles também afirmaram que o financiamento estatal deveria ser temporário e evitar prejudicar os concorrentes do banco que estaria recebendo a ajuda.
Para o primeiro-ministro de Luxemburgo, que presidiu encontro, a UE quer evitar uma situação na qual a falência de um grande banco contamine os demais.
Os ministros também decidiram que os governos nacionais poderão substituir os executivos de bancos com problemas e restringir o pagamento de pacotes volumosos para os executivos que deixem a instituição.
Os ministros também tentaram acalmar os investidores mais assustados, elevando as garantias mínimas sobre os depósitos dos atuais 20 mil euros para 50 mil euros, por pelo menos um ano. O comunicado final dos ministros disse que em alguns países as garantias chegarão a 100 mil euros. As informações são da Dow Jones.