A França voltará a impor controles em suas fronteiras – normalmente abertos a outros países da zona de livre trânsito da Europa – durante o período de uma importante conferência sobre o clima da Organização das Nações Unidas em Paris, disse o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, nesta sexta-feira. Autoridades temem protestos violentos, bem como o risco de ataques terroristas.

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Cazeneuve disse, na emissora BFM, que os controles vigorarão durante um mês, como parte de medidas de segurança mais abrangentes, na época da conferência realizada entre 30 de novembro e 11 de dezembro. Ele não deu detalhes sobre quão vigiadas estarão as fronteiras nem sobre as checagens que serão realizadas.

Na chamada zona de Schengen europeia, os países integrantes permitem o livre trânsito entre suas fronteiras para seus cidadãos. O acordo permite, porém, a reintrodução pontual de checagens internas nas fronteiras, o que alguns países têm feito neste ano diante do fluxo de imigrantes.

Grupos de ativistas disseram que foram informados de que os controles franceses serão retomados em 13 de novembro.

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A França ainda está marcada pelos ataques de extremistas islâmicos em janeiro na publicação satírica Charlie Hebdo e em uma loja de produtos judaicos. Desde então, houve algumas tentativas menores de ataques no país.

A conferência climática tem como objetivo fechar o acordo mais ambicioso até agora para reduzir as emissões de poluentes causadoras do aquecimento global. Os organizadores esperam pelo menos 40 mil pessoas para a conferência, além de dezenas de milhares de ativistas. Um grande protesto está marcado para 29 de novembro em Paris, bem como vários atos menores. A França é palco de várias manifestações, em geral pacíficos, mas eventualmente com episódios de violência. O país teve protestos violentos durante a reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Estrasburgo em 2009. Fonte: Associated Press.

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