O presidente da França, François Hollande, descartou uma intervenção militar unilateral na Líbia, mas disse que os militares franceses vão atacar extremistas islâmicos que deixarem o país para levar armas à região africana do Sahel. Hollande pediu que a Organização das Nações Unidas (ONU) tome medidas para conter o aumento da violência no país do norte africano.

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“Estamos nos certificando de que conteremos o terrorismo que se refugia ali, no sul da Líbia. Mas a França não vai intervir na Líbia, porque cabe à comunidade internacional assumir essa responsabilidade”, afirmou Hollande.

A Líbia vive o pior conflito desde que o ditador Muamar Kadafi foi derrubado em 2011, deixando o país com dois governos rivais. Em meio ao caos, armas foram deslocadas da Líbia para a região africana do Sahel, que abriga vários grupos militantes. O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, descreveu o sul da Líbia como um “centro terrorista”.

Falando nesta segunda-feira na rádio France-Inter, Hollande disse que as forças francesas vão atacar os guerrilheiros “cada vez que deixarem esses lugares onde estão escondidos” no sul da Líbia.

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Para isso, a França está desenvolvendo uma base militar no norte do Níger, a 100 quilômetros da região de fronteira da Líbia. Cerca de 200 soldados foram deslocados para o posto de deserto em Madama.

Drones franceses e norte-americanos já estão operando na área da capital do Níger, Niamey.

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Líderes africanos pediram que os países ocidentais intervenham na Líbia em uma cúpula de segurança em Dacar no mês passado. As forças francesas expulsaram grande parte dos insurgentes ligados a Al-Qaeda no norte do Mali em 2013 e alguns fugiram para a Líbia. A França, em seguida, lançou uma operação militar no ano passado contra grupos islâmicos em cinco de suas ex-colônias na região do Sahel. O país levou cerca de 3.000 soldados, 200 veículos blindados e seis aviões de combate para a Mauritânia, Burkina Faso, Níger, Chade e Mali. Fonte: Associated Press.