Quatro homens suspeitos de fornecer apoio logístico para um dos homens que realizaram os ataques em Paris foram indiciados por associação ao terrorismo. Trata-se das primeiras pessoas acusadas formalmente pelos episódios que terminaram com a morte de 17 vítimas e três participantes dos ataques.

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Citando uma série de ligações telefônicas, chaves compartilhadas e amizades feitas na prisão, o promotor parisiense François Molins disse que os quatro homens, todos na casa dos 20 anos, foram detidos na região de Paris, onde foram preliminarmente indiciados durante a noite. Eles permanecerão presos enquanto as investigações continuam.

O promotor não divulgou as identidades completas dos suspeitos, informando apenas as iniciais de seus sobrenomes. Eles são: Willy P., Christophe R., Tonino G. e Mickael A.

Três dos homens são suspeitos de comprar armas – e um deles as manteve em sua casa – para Amedy Coulibaly, que matou uma policial a tiros no dia 8 de janeiro na periferia de Paris e um dia depois matou quatro reféns num mercado kosher na capital francesa, antes de ser morto durante uma ação policial.

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Três dos indiciados também têm registros criminais. Pelo menos um deles conheceu Coulibaly na prisão, afirmou Molins. O próprio Coulibaly conheceu Cherif Kouachi, um dos dois irmãos que mataram 12 pessoas na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, na prisão.

O advogado de um dos suspeitos disse que seu cliente não tinha conhecimento de qualquer plano terrorista e que tinha medo de Coulibaly. O advogado Fabrice Delinde afirmou à emissora de televisão BFM que Coulibaly “aterrorizava meu cliente” e o intimidou para que ele o ajudasse.

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Segundo Molins, três dos homens são suspeitos de ter adquirido armas de material tático para Coulibaly, mas não são acusados de cumplicidade nos ataques.

O DNA de Mickael A. foi encontrado num revólver no apartamento de Coulibaly e numa luva que ele usou no ataque ao mercado. Molins disse também que Mickael A. fez 18 contatos telefônicos com Coulibaly no dia 6 de janeiro.

De acordo com Molins, autoridades francesas trabalham com outros países na busca por possíveis cúmplices. Eles tentam descobrir quem foi responsável pelo vídeo póstumo de Coulibaly, que foi editado e divulgado dias depois de ele e os irmãos Said e Cherif Kouachi terem sido mortos pela polícia.

Nas imagens, Coulibaly jura aliança ao grupo Estado Islâmico e detalha como os ataques foram coordenados entre os três homens. Fonte: Associated Press.