Uma professora divulgou a foto de um bebê de nove meses que foi amordaçado com uma fita adesiva em uma creche de Comodoro Rivadavia, no sul da Argentina. A foto causou revolta na cidade e obrigou a proprietária a demitir três funcionárias da instituição.

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No último dia 29, a professora de folclore da escola Hormiguita Viajera (Formiguinha Viajante, em espanhol), Victoria Gauna, tirou a foto da criança e repassou a uma amiga, que a publicou na rede social Facebook e comunicou à dona do estabelecimento.

Após a exibição, a proprietária fez uma denúncia à polícia, iniciando também uma investigação do Ministério Público. O caso causou revolta nos pais dos alunos e entre os 200 mil moradores da cidade da Província de Chubut.

A professora de folclore disse que viu outras irregularidades, como crianças que tiveram cabelos cortados e ficaram horas sentadas chorando sem ajuda das funcionárias.

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Gauna ainda disse que foi ameaçada pela diretora da creche quando contou à dona da escola sobre o que acontecia. “Ela disse que conhecia juízes, parentes, advogados, amigos e também tem conhecidos que por 300 pesos (R$ 120) poderiam fazer o que ela quisesse”, afirmou.

A escola foi fechada na noite de ontem. A dona da creche, Johana Paz, se defendeu dizendo que era um incidente isolado e disse que demitiu três funcionárias por causa do bebê amordaçado.

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“A diretora me disse que foi só uma vez e que era uma brincadeira. Não acho que seja uma brincadeira de jeito nenhum, por isso fiz a denúncia contra minhas três empregadas, já que nenhuma quis me dizer quem foi a culpada. Deixo em mãos da Justiça”.

Revolta

Segundo o jornal “La Nación”, os pais dos 40 alunos de 45 dias a quatro anos pagavam mensalidades de 1.300 pesos (R$ 520) para deixar seus filhos na creche durante a tarde.

Os pais dos alunos convocaram uma reunião ontem em que foi pedida uma reunião com as autoridades para exigir explicações sobre a foto.

Hoje, a creche sofreu um princípio de incêndio intencional que não afetou as instalações da escola. A polícia suspeita que moradores da região revoltados com o incidente tenham feito o ataque.

Em resposta à foto, a prefeitura de Comodoro Rivadavia começou uma inspeção em todos os estabelecimentos do tipo.

O secretário de Governo de Chubut, Javier Touriñán, também disse que trabalhará para que as agressões não voltem a acontecer.