A Ford começou a oferecer planos de demissão voluntária em cada uma de suas fábricas nos EUA. A medida faz parte do plano para cortar custos em meio à queda das vendas de veículos novos.
Esta semana a montadora começou a oferecer os pacotes de incentivos para trabalhadores na fábrica de Louisville, que fabrica veículos esportivos utilitários (SUVs), de Kentucky, que fabrica picapes, e de unidades de fabricação de transmissores em Batávia e Sharonville, em Ohio. "Nós sabemos que nossos empregados vão examinar essas ofertas seriamente porque há uma generosa seleção de opções", afirmou Ann Marie Gattari, porta-voz da empresa.
O presidente-executivo da Ford, Alan Mulally, que recentemente abandonou a meta da companhia de voltar à lucratividade em uma base antes de impostos em 2009, em razão do declínio das vendas, afirmou que iria iniciar o programa de demissão voluntária com a esperança de convencer mais trabalhadores a deixar a companhia. A Ford também está reduzindo seus gastos com a força de trabalho assalariada nos Estados Unidos em 15%.
A Ford e suas concorrentes – General Motors e Chrysler – têm sofrido uma forte queda na venda de picapes e SUVs, que por anos geraram a maior parte das vendas e lucros das empresas. Com os preços da gasolina em alta, os consumidores estão se voltando para carros menores e mais eficientes em consumo de combustível, o que forçou as montadoras a revisar seus planos de produção.
No início do ano, a Ford, que está em reestruturação há dois anos e meio, ofereceu o programa de demissão com compensações a todos os seus 54 mil funcionários horistas. Cerca de 4,2 mil trabalhadores aceitaram participar, mas fontes afirmaram ao jornal Wall street Journal que a montadora espera que 8 mil aceitem a oferta.
