As forças de segurança sírias entraram em confronto nesta segunda-feira com homens armados num elegante bairro da capital Damasco, onde estão instaladas embaixadas e residem graduados funcionários do governo. Trata-se de um dos piores confrontos no centro da cidade, que é rigidamente controlado.

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Segundo a televisão estatal síria, três “terroristas” e um integrante das forças de segurança morreram nos confrontos no bairro de Mazzeh. Damasco estava praticamente fora dos disparos e mortes diários ocorridos em todo o país desde que o levante contra o governo do presidente Bashar Assad teve início, em março de 2011.

O governo diz que os ataques são obra de “terroristas” mas a oposição afirma que o próprio regime está realizando as ações para desacreditar o levante.

Os confrontos desta segunda-feira tiveram início quando forças de segurança invadiram um apartamento usado como esconderijo para um grupo de “terroristas armados” em Mazzeh, após a retirada de todos os habitantes do prédio, informou a agência estatal de notícias Sana.

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Um morador do bairro ocidental de Mazzeh disse que rifles automáticos e metralhadoras foram usadas no confronto, que durou duas horas e acabou por volta das 16h (horário local). “Nós também ouvimos três fortes explosões”, disse o homem que falou em condição de anonimato por temes repressão do governo.

Ele acrescentou que o confronto ocorreu perto da embaixada da Suíça e da casa do major-general Assef Shawkat, vice-chefe de gabinete para assuntos de segurança, que é casado com uma irmã de Assad, Bushra.

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Rebeldes armados atuam nos subúrbios de Damasco e em cidades satélites, mas raramente se aventuram no coração da capital, onde as tropas de Assad estão presentes com toda força.

Os novos combates mostram que os rebeldes ainda podem agir na capital, apesar da bem-sucedida ofensiva do governo nas últimas semanas contra os subúrbios da capital, a cidade central de Homs e a região de Idlib, no norte.

A Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que mais de 8 mil pessoas foram mortas durante o levante, que já dura um ano. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.