Intensos combates ocorreram neste domingo (10) entre partidários do governo e grupos rebeldes nas montanhas centrais do Líbano, que circundam Beirute. O som das explosões e dos disparos podia ser ouvido na capital do país. Os confrontos armados entre forças pró-governo, as leais ao líder druso Walid Jumblatt, e pistoleiros xiitas e seus aliados começaram em Aytat, povoado das montanhas, às 2 horas da tarde (horário local). Houve disparos de metralhadoras, foguetes e artilharia pesada, segundo funcionários de segurança. Pouco depois, os choques se propagaram por Kayfoun, Qamatiyeh, Bchamoun e Chouweifat.

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Não houve informações oficiais sobre baixas. Jumblatt pediu o fim dos combates, para que o Exército tome controle das montanhas. Os choques ocorreram um dia depois de o Hezbollah acusar os partidários de Jumblatt de terem matado dois de seus simpatizantes e seqüestrado um terceiro. Beirute, que, por quatro dias, foi o centro das lutas sectárias entre xiitas e sunitas, estava mais calma neste domingo. Muitas vias estavam bloqueadas, inclusive a que dá acesso ao aeroporto, como parte da campanha de desobediência civil da oposição.

Os enfrentamentos ocorreram durante a noite, no norte do país, particularmente em Trípoli. Na região desta cidade, grupos leais ao governo se enfrentaram com granadas propelidas por foguete e metralhadoras com rivais da oposição, segundo funcionários. Os choques pararam pela manhã, após a chegada do Exército libanês. Uma mulher morreu, aumentando o número de mortos para 38 nos últimos cinco dias, nos piores combates sectários desde a guerra civil no Líbano (1975-90). Os confrontos nas ruas são a mais recente demonstração da disputa pelo poder entre a oposição, encabeçada pelo grupo Hezbollah, e o governo do primeiro-ministro Fuad Siniora. O governo, respaldado pelos Estados Unidos, só tem pequena maioria no Parlamento e os grupos mantêm um impasse de 17 meses na luta pelo poder.

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