Forças do Iêmen atacam Al-Qaeda em província

Forças militares do Iêmen atacaram um esconderijo da Al-Qaeda, no oeste do país, após um chefe militar iemenita ter se comprometido a eliminar um poderoso ramo local da rede terrorista.

Um comunicado do governo disse que pelo menos um suposto integrante da Al-Qaeda foi detido durante os combates na província de Hudaydah. A província, que fica às margens do Mar Vermelho, é a terra natal de vários envolvidos em um ataque a bomba contra a Embaixada dos Estados Unidos, evento que ocorreu em 2008 e deixou 10 guardas iemenitas mortos.

“Eles continuarão a caçar os terroristas da Al-Qaeda e continuarão com os golpes até que o grupo seja totalmente eliminado”, disse o vice-ministro do Interior, o general de brigada Saleh Al-Zawari.

Um oficial disse que o ataque desta quarta-feira resultou na prisão de um integrante da Al-Qaeda e os outros elementos, que estavam numa casa, conseguiram fugir, mas estão sendo procurados pelos soldados. O Iêmen continua a coordenar seus esforços militares com os Estados Unidos para caçar a Al-Qaeda em várias partes do país, disse Tarek Al-Shami, porta-voz do governista Partido do Congresso Nacional.

Os EUA estão fornecendo cada vez mais inteligência e treinamento às forças iemenitas, disse um funcionário americano. Recentemente, o Pentágono informou que destinará US$ 70 milhões em ajuda militar ao Iêmen neste ano fiscal (que começou em outubro). Em 2008, o Iêmen não recebeu nenhuma ajuda militar americana.

Treinamento

Nesta quarta-feira, mais detalhes emergiram a respeito do nigeriano suspeito de tentar derrubar um avião com 290 pessoas no Natal. Quando viveu no Iêmen, Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, levou um vida de devoção islâmica, não assistia televisão, não escutava músicas e evitava mulheres, disseram estudantes de uma instituição onde ele estudou árabe.

Abdulmutallab viveu em dois períodos no Iêmen, entre 2004 e 2005 e entre agosto e dezembro deste ano, até pouco antes da tentativa de derrubar o voo 258 da Northwest Airlines. Ele disse aos interrogadores americanos que recebeu parte do seu treinamento de terrorista no Iêmen.

A Al-Qaeda na Península Arábica, um ramo da organização terrorista, reivindicou a autoria do atentado fracassado. Segundo a organização, o atentado seria uma vingança pelos ataques das forças iemenitas, com apoio americano, ao grupo: mais de 60 supostos integrantes da Al-Qaeda foram mortos no Iêmen apenas neste mês.

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