Centenas de milhares de iemenitas foram hoje à capital do país para realizar manifestações rivais, algumas para exigir a renúncia do presidente e outras para apoiá-lo. As forças de segurança locais mataram pelo menos dois manifestantes, e dezenas de outros ficaram feridos. As duas mortes ocorreram em Taez, ao sul da capital, Sanaa, segundo testemunhas.
Policiais e soldados foram enviados a Sanaa para evitar choques entre os dois grupos. Mais de 120 pessoas morreram desde que começaram os protestos no Iêmen, em 11 de fevereiro, exigindo a saída do presidente Ali Abdullah Saleh, em protestos inspirados pelos levantes de Tunísia e Egito.
Saleh rejeitou hoje um plano para sua saída apresentado por Estados do Golfo Pérsico, a fim de que se encerrem os sangrentos protestos pelo país. O presidente deu as declarações durante um discurso veiculado pela televisão estatal. “Nosso poder vem do poder de nosso grande povo, não do Catar, não de ninguém mais. Isso é uma flagrante interferência nos assuntos do Iêmen”, disse Saleh a partidários do regime em Sanaa.
O primeiro-ministro do Catar, xeque Hamad bin Jassem al-Thani, disse ontem que os membros do Conselho para a Cooperação do Golfo “esperam chegar a um acordo com o presidente iemenita para que ele renuncie”. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.