As força leais ao ditador líbio Muamar Kadafi retomaram hoje o controle da praça central de Zawiya e barraram as forças rebeldes no leste do país, enquanto autoridades começaram uma campanha para bloquear os esforços internacionais para pressionar o governo.
Durante um dos combates realizados hoje, as forças pró-Kadafi lançaram foguetes contra os rebeldes no leste do país e ameaçaram retomar algumas cidades onde estão localizadas importantes instalações petrolíferas, segundo o Wall Street Journal.
As forças do governo retomaram na tarde de hoje o controle da praça de Zawiya, localizada a 30 quilômetros a oeste da capital Trípoli, que tinha sido tomada pelos combatentes da oposição há duas semanas.
O pedaço de terra em Zawiya tornou-se um terreno simbólico para os rebeldes, apesar do cerco militar contra a cidade e vários confrontos sangrentos lançados pelas forças militares de Kadafi. Zawiya estava isolada do resto do país desde domingo, quando o governo começou o cerco contra a cidade.
Enquanto os Estados Unidos, a União Europeia e outros governos analisavam opções para intervenção, incluindo a imposição de uma zona de exclusão aérea, bem como sanções maiores à Líbia, uma delegação do governo de Kadafi viajou para a Europa com mensagens destinadas aos ministros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia, que se reúnem amanhã em Bruxelas (Bélgica). Mas, segundo um importante diplomata europeu, tanto os ministros da Defesa da Otan quanto líderes e ministros de Relações Exteriores da UE se recusaram a receber o grupo.
A televisão estatal líbia anunciou hoje que o governo central em Trípoli estava oferecendo uma recompensa de 500 mil dinares líbios (US$ 400 mil) para quem capturar e entregar o ex-ministro da Justiça, Mustafá Abdul Jalil, chefe da administração rebelde, baseada em Benghazi. As informações são da Dow Jones.