Forças de Assad retomam controle de bairro em cidade estratégica

Forças do regime sírio expulsaram rebeldes de um bairro da cidade de Homs hoje, após vários dias de intensas batalhas. “O Exército executa há vários dias uma ofensiva contra o bairro de Deir Baalbeh, com intensos bombardeios, combates contínuos e repetidos ataques, provocando a retirada dos rebeldes”, afirma comunicado do OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos), baseado em Londres.

Com isso, ficaram sob controle dos rebeldes apenas os bairros centrais ao redor da antiga cidade e o bairro de Khalidiyah, ao norte. Homs, no centro da Síria, foi palco neste ano de alguns dos piores conflitos na revolta de 21 meses contra o ditador Bashar Assad, que já deixou pelo menos 45 mil mortos, de acordo com as estimativas dos ativistas. A região tem valor estratégico na batalha travada pelos rebeldes majoritariamente sunitas porque fica na junção de estradas que liga a base de Assad na cidade portuária de Tartous e a província de Latakia.

Há relatos não confirmados da morte de dezenas de combatentes, disse Rami Abdelrahman, diretor do OSDH, que tem sede no Reino Unido. Segundo o OSDH, vários bairros rebeldes continuam cercados na cidade, que é conhecida pelos militantes contra o regime de Damasco como a “capital da revolução”. Os habitantes sofrem com falta de material de primeira necessidade há vários meses.

Rebeldes ganharam terreno nos últimos meses, particularmente nas províncias de Aleppo e Idlib, no norte do país, e lançaram uma ofensiva na província central de Hama, o que pode estender o controle do grupo para o sul, na direção de Homs e Damasco.

Mas um ativista na província de Hama disse hoje que o Exército reforçou suas posições na cidade de Morek que fica na principal estrada norte-sul que liga Damasco a Aleppo, forçando os rebeldes, que estavam ficando sem munição, a recuar.

Os ativistas também disseram que um combatente palestino que era um importante militante do movimento radical palestino Hamas foi morto na província de Aleppo, na sexta-feira. Mohammed Qanita morreu em conflitos nos arredores do aeroporto, onde ele vinha ajudando a treinar combatentes árabes e muçulmanos.

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