FMI aprova plano que amplia poder de voto a emergentes

O conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta sexta-feira (28) plano de reforma que ampliará o poder de voto dos países em desenvolvimento, afirmou o indiano Adarsh Kishore, membro do FMI. Segundo ele, diretores-executivos do conselho apoiaram, em reunião, as medidas reformistas "por esmagadora maioria".

A proposta pede que os países desenvolvidos cedam uma fração de seus direitos de voto, o equivalente a 1,6 ponto porcentual, para beneficiar países emergentes e em desenvolvimento.

O pacote de reforma é o primeiro grande teste do diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que assumiu o posto em setembro do ano passado com o desafio de restaurar a credibilidade do Fundo, instituição que tem sido severamente criticada e que vem perdendo relevância.

De acordo com o plano, os países desenvolvidos passariam a ter 57,9% dos direitos de voto, hoje têm 59,5%, enquanto a participação dos países em desenvolvimento subiria a 42,1%, dos atuais 40,5%.

O plano de reposicionamento dos direitos de votos na instituição sexagenária foi lançado há mais de dois e deve ser ratificado no encontro anual do FMI, que acontecerá em 12 e 13 de abril, em Washington. A reforma foi definida previamente em encontro realizado em Cingapura, em 2006.

A organização humanitária Oxfam International disse ontem que a reforma proposta representa uma mudança "mínima" na estrutura do FMI. "Após anos de debate, uma proposta que dá apenas um ligeiro acréscimo nas cotas de participação de um punhado de países em desenvolvimento, e nada para o resto, é mais que decepcionante", disse a representante da Oxfam, Elizabeth Stuart em comunicado. As informações são da agência AFP, citada pela Dow Jones.

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