Populações crescendo e a expansão da agricultura já levaram a desmatamento de florestas em área equivalente ao tamanho da África do Sul nos últimos 25 anos, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira. De acordo com a FAO, agência da ONU para Alimentação e Agricultura, as florestas do mundo já perderam 129 milhões de hectares desde 1990.

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A FAO identificou uma tendência positiva, de desaceleração do ritmo de desmatamento, mas o diretor geral da agência, o brasileiro Jose Graziano da Silva, avaliou que ainda há avanços necessários. “A direção da mudança é positiva, com muitos exemplos impressionantes de progresso em todas as regiões do mundo”, escreveu ele no relatório. “Apesar disso, a tendência positiva precisa ser fortalecida, especialmente em países que estão ficando para trás”, completou.

Florestas tropicais na África e América do Sul têm motivado o declínio das áreas verdes, disse a FAO. Entre 2010 e 2015, um período em que o ritmo de devastação no mundo diminuiu substancialmente, a África perdeu 2,8 milhões de hectares de florestas enquanto a América do Sul perdeu 2 milhões. Ao mesmo tempo, o tamanho das florestas temperadas chegou a aumentar.

As florestas no mundo têm hoje uma área total de 3,999 milhões de hectares, o equivalente a 30,6% da superfície da terra, redução ante um patamar de 31,6% em 1990, informou a FAO. A maior parte dessas terras ainda é de floresta natural e tem sido intocada.

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No mesmo período, o ritmo da conservação aumentou, com 150 milhões de hectares de floresta sendo preservados, afirmou a FAO. A área de florestas cultivadas também cresceu em 110 milhões de hectares e agora representa 7% das florestas do mundo.

Cerca de um quinto das florestas do mundo está na Rússia, onde elas respondem por cerca de metade de todo o território do país. O Brasil é o segundo com maior área florestal, com 12% do total global. Fonte: Dow Jones Newswires.

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