Mergulhadores das equipes de busca continuaram nesta terça-feira (24) circulando pelo interior da balsa que adernou no fim de semana nas Filipinas, mas não encontravam nada além de pilhas de corpos na embarcação que virou de cabeça para baixo com 850 pessoas a bordo durante um tufão, informaram autoridades locais. O comodoro Inocêncio Rosario, da Guarda Costeira filipina, disse não acreditar que haja sobreviventes. "Mas milagres podem acontecer", afirmou.
Apesar de o número oficial de mortos ser de 117, autoridades da região mais afetada pelo tufão já falam em 227 mortos e 275 desaparecidos. A cifra não inclui as pessoas no interior da balsa. "A maior parte dos corpos está flutuando ali dentro. Eles ficaram presos quando o navio de sete andares repentinamente adernou", disse o tenente coronel Edgard Arévalo, porta-voz da Marinha filipina.
Ele disse que não especularia com relação à possibilidade de alguém ainda ser encontrado vivo e comentou que o interior do navio está tão escuro que não é possível dizer nem ao menos quantos corpos há lá dentro. No domingo (22), horas depois do naufrágio, mergulhadores não obtiveram resposta quando bateram no casco do navio. Arévalo comentou ser possível que passageiros tenham sobrevivido inicialmente à tragédia, mas o mar revolto deixado pelo tufão Fengshen retardou demais a saída das equipes de resgate, aumentando a probabilidade de sobreviventes terem morrido sufocados.
