Filho de refém das Farc espera reencontrar a mãe nesta quarta-feira

Bogotá – Jaime Felipe Losada, filho de Gloria Polanco de Losada, a ex-congressista que integra o grupo de reféns que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeram libertar, disse estar confiante em reencontrar sua mãe amanhã à tarde.

"Parece que tudo está previsto para amanhã, esperemos que assim seja. Entendemos que as operações podem ser nas primeiras horas da manhã para que, se Deus permitir, nossos familiares estejam aqui em Caracas à tarde", disse Losada à rádio Caracol a partir da capital venezuelana.

"Esperemos que tudo seja frutífero e que, por fim, depois de tantos anos, possamos abraçar nossos entes queridos na tarde de amanhã". Polanco de Losada, junto a Luis Eladio Pérez, Orlando Beltrán e Jorge Eduardo Géchem, integra o grupo de reféns.

A possibilidade de que os quatro dirigentes políticos sejam libertados tomou força ontem após o anúncio feito em Caracas pelo ministro do Interior e da Justiça, Ramón Rodríguez Chacín, que assegurou ter em seu poder as coordenadas do local onde serão entregues os reféns.

Horas depois, o governo colombiano e os militares ofereceram garantias para o início das operações de resgate que, segundo Chacín, começariam na quarta-feira. "O governo da Colômbia colabora como sempre fez", disse na noite de segunda-feira o presidente, Àlvaro Uribe, durante uma intervenção em uma feira internacional de turismo realizada em Bogotá.

Gloria Polanco de Losada foi seqüestrada pelas Farc em 19 de setembro de 2001, quando um grupo invadiu o edifício Miraflores, na cidade de Neiva.

O filho da ex-congressista disse que sua mãe deve estar "feliz" diante de sua eminente libertação, ainda que deva guardar alguma tristeza por ter de deixar na selva "aqueles que são seus companheiros", em referência aos militares e policiais que ainda são mantidos pelas Farc.

Losada disse não saber qual será a primeira coisa que ele e seus dois irmãos dirão à mãe quando a encontrarem: "Pensei em tantas cosas durante esses seis anos e meio, que não sei".

Talvez, disse ele, diria "que aqui estamos, seus filhos, e que daqui em diante, só amor, felicidade, abraços e beijos".

Os familiares do ex-senador Jorge Eduardo Géchem viajaram à capital venezuelana para se unir à comitiva que espera os quatro dirigentes políticos.

Géchem, gravemente doente, foi incluído pelas Farc na lista de libertações na última hora.

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