Filha presa e abusada pelo pai é ouvida na Áustria

Promotores públicos austríacos colheram pela primeira vez o depoimento de Elisabeth Fritzl, que teria passado 24 anos como prisioneira do pai e sofrido abusos sexuais em um porão sem ventilação na casa da família, informou a mídia local. Elisabeth hoje com 42 anos, foi ouvida nesta sexta-feira (11) em um local secreto, disseram fontes no sistema judiciário à Agência de Notícias Áustria. Os promotores pretendem ouvi-la novamente na próxima semana. A previsão é de que o pai de Elisabeth, Josef Fritzl, de 73 anos, seja levado a julgamento até o fim do ano.

Os promotores o acusam de ter mantido a filha em cárcere privado em um porão sem ventilação e com isolamento acústico durante 24 anos. No período, Fritzl teve sete filhos com Elisabeth, um dos quais morreu logo após o parto. A juíza Andrea Humer, que conduz o caso, aprovou a entrevista com Elisabeth depois de médicos terem determinado que ela se encontra em bom estado de saúde, informou a emissora pública de televisão ORF.

Elisabeth, seus seis filhos e sua mãe estão recebendo tratamento e ajuda psiquiátrica em uma clínica vigiada pela política desde abril, quando Fritzl abriu o cativeiro para levar ao hospital uma das filhas oriundas da relação incestuosa. Autoridades austríacas afirmam que Fritzl confessou que teve sete filhos com Elisabeth e que se livrou do cadáver do bebê morto queimando-o em um incinerador. Além disso, exames de DNA teriam comprovado que ele é o pai dos seis sobreviventes.

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