Fidel Castro volta a criticar Mccain e imigração ilegal

O ex-presidente cubano Fidel Castro voltou a provocar o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, e acusou os cubanos que emigram de forma ilegal de cometer "uma falta ética desprezível".

"McCain, homem que não é conhecido por ser um devoto piedoso, pensa que rezando na Basílica de Guadalupe (no México) enganará os católicos, protestantes, brancos, negros, índios e mestiços, nos países onde a pobreza extrema cresce a cada dia", disse Fidel sobre a visita do senador do Arizona à Colômbia e ao México.

Nas suas novas "Reflexões" publicadas na internet, Fidel censurou a emigração ilegal cubana aos Estados Unidos. "Os que são atraídos pela cínica Lei de Ajuste Cubano [de 1959, que oferece proteção e asilo aos cubanos sem a necessidade de trâmite migratório] o fazem diretamente ou por terceiros países, de forma clandestina ou sob qualquer respaldo legal, não apenas cometem uma falta ética desprezível, mas também privam a economia de nosso povo de especialistas e pessoal qualificado", criticou.

"É o roubo descarado de cérebros e de braços produtivos que nossa pátria, em sua luta histórica, está no dever de combater firmemente", acrescentou nas reflexões publicadas no site www.cubadebate.cu.

A deportação dos imigrantes ilegais cubanos, encontrados em alto-mar, realizada pelos Estados Unidos, foi estabelecida por tratados bilaterais em 1994 e 1995. Se esses imigrantes pisam em solo norte-americano antes de serem capturados, são automaticamente aceitos no país devido à proteção da Lei de Ajuste Cubano.

"Como se sabe, 20 mil cubanos de várias idades, exceto aqueles que cumprem algum dever social ineludível, são legalmente autorizados a cada ano a emigrar a esse país; viajam de forma segura, tanto crianças quanto adultos receberam educação e são saudáveis. É um sacrifício que, em favor da reunificação familiar, Cuba realiza", prosseguiu Fidel.

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