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Fed/Bostic: não estamos muito longe de atingir nível neutro nos juros

O presidente da distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Raphael Bostic, afirmou nesta quinta-feira, 15, que ainda apoia mais aumentos nas taxas de juros, mas pediu cautela na quantidade de elevações devido às incertezas sobre a rapidez com que a economia pode crescer sem criar pressões inflacionárias desejadas. Em seus comentários, Bostic disse que, por enquanto, é importante levar a política monetária a um ponto neutro, mas ele não ofereceu muitos detalhes sobre o momento dessas ações ou sobre até onde o Fed deve ir para que esse nível neutro seja alcançado.

“Eu não acho que estamos muito longes de uma política neutra, e o neutro é onde queremos estar”, comentou o dirigente em discurso preparado para ser lido em Madri, na Espanha. “Podemos não estar lá ainda, mas estou inclinado a pensar que uma abordagem provisória à medida que avançarmos seria apropriada.”

Bostic tem direito a voto nas reuniões de política monetária deste ano e apoiou os três aumentos nos juros que o Fed implementou até agora neste ano. De acordo com ele, “as condições garantem que os passos finais para remover qualquer acomodação restante e adotar uma postura neutra da política monetária”. “A questão é tão complicada quanto direta: quais ajustes, se for o caso, são necessários para chegar à neutralidade?”, questionou o dirigente.

De acordo com o presidente do Fed Atlanta, “com a economia apresentando um bom desempenho e a política monetária aparentemente próxima da neutralidade, o Fed enfrenta riscos positivos e negativos com seu próximo conjunto de ajuste de políticas”. Para ele, o banco central americano “agora precisa equilibrar os riscos de parar com a normalização total e arriscar um ambiente econômico superaquecido e instável, em vez de ir longe demais e fazer um curto circuito em uma expansão sustentável”.

Nesse sentido, Bostic vê como principal incerteza a questão de ser “muito difícil determinar quando a economia está realmente superaquecendo – especialmente quando os sinais inflacionários continuam subjugados”. Fonte: Dow Jones Newswires.

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