FBI divulga documentos sobre rede de espionagem russa

O FBI divulgou nesta segunda-feira uma série de fotografias e vídeos que detalham a Operação Ghost Stories (histórias de fantasma), uma ação de uma década que acompanhou espiões russos que viveram nos Estados Unidos e tentaram reunir informações sensíveis sobre o governo norte-americano.

Um dos vídeos mostra a mais notória das suspeitas, Anna Chapman, se encontrando com um agente secreto num café em Nova York.

Outro vídeo, gravado secretamente em 2004, mostra o suspeito de espionagem Christopher Metsos realizando o que os espiões chamam de “brush pass” numa escadaria coberta de uma estação de trem. Ele e outro homem são vistos trocando sacolas de compras idênticas. O FBI disse que a troca, que demora apenas alguns segundos, foi uma entrega de dinheiro para o espião, recursos que foram divididos com outros espiões da rede.

Chapman fazia parte do grupo de dez espiões russos detidos no ano passado num dos maiores casos de espionagem das últimas décadas. Os suspeitos eram chamados de “ilegais” – um termo para agentes que se infiltram nos países alvos, assumem uma identidade cotidiana local e tentam cultivar relacionamentos e fontes que possam gerar informações valiosas sobre políticas norte-americanas para o país natal, no caso, a Rússia. Agentes do FBI que investigaram as identidades dos espiões concluíram que eles trabalhavam para o Serviço de Inteligência Externa Russa. Metsos deixou o país antes das prisões.

Após as prisões dos espiões em junho de 2010, os suspeitos declararam-se culpados em última instância por conspiração como agentes ilegais da Federação Russa nos Estados Unidos. Numa volta aos acordos da Guerra Fria, eles foram trocados por uma série de espiões ocidentais presos na Rússia.

A maior parte das ações de vigilância dos espiões foi realizada em locações cotidianas em Nova York. Os vídeos e fotografias mostram como os agentes norte-americanos acompanhavam os suspeitos enquanto eles viajavam pelos Estados Unidos.

As imagens e documentos foram divulgados em resposta a um pedido feito com base no Ato de Liberdade de Informação, mas muitos dos documentos sofreram pesada edição. Ao divulgar as imagens, o FBI disse que as provas mostram como outros países estão dispostos a empregar grandes quantidades de dinheiro, materiais e recursos humanos para roubar os segredos norte-americanos. As informações são da Dow Jones.

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