Farc retiveram cartas de americanos, diz refém libertado

Os três americanos seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ainda padecem das lesões sofridas na queda do avião no qual viajavam há cinco anos, disse nesta quinta-feira (28) o ex-senador Luis Eladio Pérez. Libertado ontem pelas Farc junto com mais três ex-congressistas, Pérez lamentou que os rebeldes tenham retido as cartas que os três reféns entregaram a ele para que as enviasse a familiares e a líderes políticos americanos, inclusive ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

O ex-senador relatou hoje em Caracas, na Venezuela, que os rebeldes haviam confiscado na terça-feira algumas cartas que levava escondidas "no lugar mais íntimo do corpo". Numa entrevista à rádio colombiana Caracol, Pérez afirmou que as missivas dos três reféns americanos tinham como destinatários familiares deles, Bush, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, e os pré-candidatos Barack Obama (democrata) e John McCain (republicano).

Segundo ele, as mensagens tinha como objetivo "sensibilizar a opinião pública com relação à tragédia que estão vivendo, (uma situação) de abandono pavoroso" por parte da sociedade americana. Pérez disse ter passado os últimos seis meses de cativeiro ao lado dos três americanos. "O mais velho deles, o piloto Thomas Towse (de 54 anos), tem dores de cabeça recorrentes" por causa de uma batida sofrida na queda do avião que pilotava em fevereiro de 2003, relatou o ex-congressista.

Os outros reféns – Marc Gonsalves, de 35 anos, e Keith Stansell, de 45 – têm problemas na coluna e no joelho, também por causa do acidente. Além disso, todos eles contraíram diversas doenças durante o cativeiro na selva. Os três foram capturados pelas Farc depois que o avião no qual viajavam caiu em uma área controlada pelos rebeldes cinco anos atrás.

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