Líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deram apoio unânime a um acordo de paz firmado no último mês com o governo do país. O anúncio concluiu uma semana de deliberações em que a guerrilha tentou se apresentar sob uma nova luz a colombianos céticos que os culpam por décadas de violência.

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Com shows de artistas de rap, conferências sobre o papel das Farc no cuidado ao meio ambiente e entrevistas com a imprensa internacional, líderes evitaram a retórica de antagonismo que os colombianos costumam esperar deles.

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“A guerra não acabou”, disse o líder conhecido pelo pseudônimo de Ivan Marquez no final de uma coletiva de imprensa. “Diga a Mauricio Babilônia que ele pode soltar as borboletas amarelas”, declarou em referência ao personagem do livro “Cem Dias de Solidão”, de Gabriel Garcia Marquez.

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Ivan Marquez disse que as Farc formarão um partido político até maio de 2017. Muitos colombianos aguardam por detalhes sobre uma transição das Farc para um movimento político uma vez que o grupo entregue suas armas a observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) nos próximos seis meses.

O presidente colombiano Juan Manuel Santos e o líder das Farc conhecido como Timochenko devem assinar o acordo na segunda-feira na cidade caribenha de Cartagena em um evento que deve ter a participação de mais de uma dezena de chefes de Estado, do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon e do secretário de Estado norte-americano John Kerry.

Timochenko fez um apelo especial pelos milhões de vítimas do conflito de meio século, dizendo que, além do fim das hostilidades, as famílias se beneficiariam ao saber a verdade sobre o que ocorreu com seus parentes. “Finalmente teremos uma segunda oportunidade”, declarou. Fonte: Associated Press.