Por meio de comunicado difundido pela Agência Bolivariana de Imprensa, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram a libertação de reféns realizada nesta quarta-feira (27) como "a mais contundente manifestação de que a humanidade é mais poderosa que a intransigência" e voltaram a pedir a retirada de tropas colombianas para negociar a libertação de mais reféns em troca de rebeldes presos. O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, reafirmou que não haveria retirada de tropas e que as negociações transcorreriam numa região onde atualmente não há presença militar colombiana.
O impasse impede há anos o avanço das tentativas de trocas de reféns das Farc por prisioneiros políticos mantidos pelo governo colombiano. Os guerrilheiros colombianos entregaram hoje quatro reféns para uma delegação integrada por representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pela senadora colombiana Piedad Córdoba e pelo ministro do Interior da Venezuela, Ramón Rodríguez Chacin. Os quatro – todos eles políticos colombianos que foram mantidos cativos por mais de seis anos – foram libertados numa clareira em uma floresta do sul da Colômbia ao meio-dia (horário local) e estavam sendo levados em dois helicópteros venezuelanos diretamente para a Venezuela.
As Farc haviam anunciado em 31 de janeiro que planejavam libertar apenas três dos quatro – os ex-deputados Gloria Polanco e Orlando Beltran e o ex-senador Luis Eladio Perez – devido a problemas de saúde. O ex-senador Jorge Gechem foi acrescentado posteriormente à lista. Os quatro foram libertados na mesma região onde as Farc libertaram duas outras políticas colombianas em 10 de janeiro – Clara Rojas e Consuelo González.