Farc admitem assassinato de governador colombiano

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) admitiram ontem o assassinato, no mês passado, do governador do departamento (Estado) de Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, horas após sequestrá-lo. Um comunicado do grupo publicado no site da agência Anncol, que costuma divulgar informes da guerrilha, afirmou que “o objetivo da retenção (sequestro do governador) não era justiçá-lo nem fazer exigências econômicas, mas sim realizar um julgamento político por corrupção”.

O texto, datado de 24 de dezembro e firmado pelo Bloco Sul das Farc, sustenta que o “indesejado e trágico fim (do sequestro) é consequência direta da ordem dada por Álvaro Uribe (presidente da Colômbia) às forças militares do resgate à sangue e fogo”. Uribe, que desde o começo atribuiu o crime às Farc, havia lançado uma grande operação armada para resgatar Cuéllar e ordenou que as Forças Armadas também busquem libertar 20 militares e policiais reféns dos guerrilheiros.

O governador colombiano foi capturado na noite de 21 de dezembro por homens com uniformes verdes similares aos de militares em sua residência em Florencia, capital de Caquetá, localizada a 380 quilômetros a sudoeste de Bogotá. No dia seguinte, foi encontrado degolado a alguns quilômetros dessa cidade. Médicos forenses disseram que a morte do político ocorreu apenas algumas horas depois da captura.

Cuéllar já havia sido sequestrado anteriormente pelas Farc, quando a guerrilha agiu aparentemente em busca de recompensas. No comunicado, as Farc reiteraram sua intenção de liberar unilateralmente o cabo Pablo Emilio Moncayo e o soldado Josué Daniel Calvo, dois de seus reféns.

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