A família de Lin Jun, o estudante chinês supostamente assassinado e esquartejado por Luka Rocco Magnotta, apelidado o “canibal de Montreal”, solicitou nesta terça-feira que a Alemanha extradite imediatamente o canadense para que a família recupere sua tranquilidade. Através de um comunicado divulgado hoje pela Universidade de Concórdia, onde o chinês de 33 anos estudava, a família da vítima disse que a rápida extradição de Magnotta é necessária “para trazer justiça e paz a nossa família, à comunidade chinesa e à sociedade”.
“Essa perda trágica não é só um ataque devastador a nossa família, mas também teve um enorme impacto sobre toda a sociedade”, acrescentaram os parentes de Lin Jun. A polícia canadense acusou Magnotta, um modelo e ator pornô de 29 anos de idade, pelo assassinato de Lin Jun e o esquartejamento, canibalismo e abuso do corpo da vítima. A polícia de Montreal suspeita de que Magnotta tenha assassinado Lin Jun em 24 ou 25 de maio e que pouco depois tenha fugido à Europa: primeiro à França e posteriormente à Alemanha, onde foi finalmente detido no dia 4 de junho.
O assassinato foi descoberto em 29 de maio, quando, de forma quase simultânea, a polícia de Montreal encontrou um tronco humano esquartejado numa lixeira da cidade canadense e a sede do Partido Conservador em Ottawa recebeu um pacote contendo um pé amputado. No mesmo dia, a polícia de Ottawa descobriu uma das mãos da vítima em outro pacote enviado por correio ao Partido Liberal do Canadá.
O outro pé e a outra mão de Lin Jun foram enviados por correio a duas escolas de Vancouver. A polícia ainda não encontrou a cabeça da vítima. Magnotta também publicou na internet um vídeo macabro em que registrou o assassinato e o esquartejamento de Lin Jun, assim como cenas de canibalismo e necrofilia.