Partidários do próximo primeiro-ministro do Líbano entraram em confronto hoje com rivais armados nas ruas de Beirute. Trata-se do primeiro episódio de violência política desde as eleições, realizadas no início deste mês. Horas antes, Saad Hariri, o bilionário que vai se tornar o próximo primeiro-ministro libanês, reuniu-se com seus antecessores como parte do delicado processo da formação de um governo que possa unificar o país, profundamente dividido.
Integrantes das forças de segurança não informaram a ocorrência de mortes, mas a emissora de televisão Al-Arabiya informou que um homem foi morto e pelo menos três pessoas ficaram feridas, dentre elas um soldado libanês. O Exército enviou tropas para a área numa tentativa de restaurar a ordem, disseram oficiais, na condição de anonimato.
O confronto ocorreu entre partidários de Hariri, um sunita que lidera a maioria no Parlamento, e rivais seguidores do presidente do Parlamento, que é ligado ao Hezbollah. Hariri foi indicado pelo presidente libanês para o cargo de primeiro-ministro, depois de sua coalizão pró-Ocidente ter derrotado a aliança apoiada pelo Hezbollah nas eleições de 7 de junho.
Dentre os desafio que Hariri vai enfrentar está a possível exigência da oposição de poder de veto no governo, algo que a maioria pró-Ocidente prometeu não dar ao Hezbollah e seus aliados. O Hezbollah e seus aliados políticos negociaram o poder de veto no ano passado, depois que atiradores xiitas invadiram bairros sunitas em Beirute. O poder de veto virtualmente paralisou o governo, mas assegurou um ano de relativa calma.