Duas explosões em uma rua movimentada no centro de Estocolmo, ontem, foram atos de terrorismo, disseram oficiais hoje. Esse seria o primeiro ataque nesses moldes no país. A polícia não comentou sobre a motivação para o ataque realizado neste sábado, que pode ter deixado morto o causador da explosão e ferido duas pessoas.
Uma agência de notícias sueca informou que recebeu, por e-mail, uma ameaça um pouco antes da explosão. O autor da mensagem dizia que havia visitado o Oriente Médio “para jihad” e se referiu aos soldados suecos no Afeganistão e a uma caricatura do profeta Maomé que enfureceu o mundo muçulmano.
A polícia está investigando os ataques como “um crime de terror”, disse o porta-voz, Anders Thornberg. “Quando examinamos os critérios existentes e a série de eventos que já ocorreram, se encaixa bem na descrição de um crime de terror”, disse Thornberg. Ele se recusou a dar outros detalhes.
O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, descreveu o ataque como “a mais preocupante tentativa de um ataque terrorista”. Bildt comentou, em uma mensagem no Twitter, que a tentativa “falhou, mas poderia ter sido realmente catastrófica”.
Thornberg não confirmou se o homem que morreu tinha explosivos amarrados em seu corpo e também não disse se o homem era o suspeito suicida, como tem sido divulgado pela mídia local. Ele disse, no entanto, que a polícia tem “uma visão totalmente clara sobre isso”, mas não iria compartilhar a informação. O porta-voz disse que não havia indicações, até o momento, de que outras pessoas estavam envolvidas. “Se é um ataque suicida, então é a primeira vez na Suécia”, disse à Associated Press.
As explosões causaram pânico entre consumidores que faziam compras para as festas natalinas. Dez minutos antes das explosões, a agência sueca de notícias TT recebeu e-mail, dizendo “chegou a hora de agir”. Segundo a agência de notícias, a mensagem se referia ao silêncio da Suécia sobre o desenho do artista Lars Vilks, em 2007, mostrando Maomé como um cachorro e também à presença do país no Afeganistão, onde tem cerca de 500 soldados na força da Otan. “Agora suas crianças, filhas e irmãs devem morrer como nossos irmãos, irmãs e crianças estão morrendo”, citou a agência de notícias. As informações são da Associated Press.